sexta-feira, 15 de abril de 2011

CORPOS ENCONTRADOS EM VALAS CLANDESTINAS NO MÉXICO CHEGAM A 145

CIDADE DO MÉXICO, 15 ABR (ANSA) - O número de corpos encontrados em valas clandestinas, no estado mexicano de Tamaulipas, na fronteira com os Estados Unidos, subiu para 145, segundo confirmou o secretário estadual do Interior, Morelos Jaime Canseco.
 
Hoje, as tropas federais encontraram mais 23 cadáveres em San Fernando, cidade onde a maioria dos outros mortos também foi localizada.
 
Os corpos foram achados depois da denúncia dos sequestros de ônibus, em uma rodovia próxima ao município, que transportavam imigrantes ilegais para os Estados Unidos. O governo mexicano atribui o crime ao cartel Los Zetas que atua na região.
 
Segundo Canseco, é importante ter a precisão da cifra, mas o mais fundamental "são as tarefas de determinação da identidade" das vítimas. "Não é um assunto de números, é um assunto de humanidade, de sentimento e de solidariedade com a dor humana que paralisa muitas famílias tamulipecas ou de outros lado da República", completou.
 
As tropas federais intensificaram as busca por mais fossas clandestinas em lugares próximos aos povoados de Punta de Alambre, Punta de Piedra e Carbonera.
 
Na quarta-feira, o ministro do Interior do país, Francisco Blake Mora, reafirmou que o governo não vai se retirar dessa região até deter e castigar "os deliquentes e a rede de cúmplices". Segundo ele, "em seu desespero, o crime recorre a singulares atrocidades que não podemos tolerar como sociedade e como governo".
 
Há uma semana, quando 59 corpos tinham sido localizados, a Anistia Internacional (AI) pediu que o governo mexicano investigue de forma efetiva os assassinatos. "Estas valas encontradas demonstram mais uma vez os erros do governo mexicano para enfrentar a crise de segurança pública do país e reduzir a violência criminal", declarou o investigador do organismo para o México, Ruperto Knox.
 
Segundo Knox, muitas vezes crimes de direitos humanos não são devidamente condenados, "deixando organizações criminosas e funcionários que operam em conformidade com eles, livres para atacar comunidades vulneráveis, como os imigrantes ilegais". (ANSA)
15/04/2011 13:47

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